quinta-feira, 23 de abril de 2009

Análise dos Actos e das Cenas


Primeiro acto:
- Subdivide-se em doze cenas.
- Câmara antiga e luxuosa dos princípios do século dezassete.
- Apenas um retrato do cavaleiro D.Manuel de Sousa Coutinho.
- Menciona a posição das portas que será contrária no acto seguinte.
- Começa num início de tarde em Lisboa.


Segundo acto:
- Subdivide-se em quinze cenas.
- Palácio, em Almada, que pertencera a D. João de Portugal.
- O salão antigo, de gosto melancólico e pesado, cria um contraste com o cenário do primeiro ato.
- Há vários retratos, entre eles os do Del-rei D. Sebastião, Camões e D. João de Portugal.
- A posição das portas faz, como no primeiro ato, referência ao interior e exterior do ambiente. A inversão causa uma sensação de real mudança de habitação.
- O aspecto religioso transparece através da Capela da Senhora da Piedade e da Igreja de São Paulo.
- Não é mencionado em que parte do dia este ato se desenvolverá.


Terceiro acto:
- Subdivide-se em doze cenas.
- Ocorre na parte baixa do Palácio, onde encontramos a Capela da Senhora da Piedade da Igreja de São Paulo nos Domínios d’Almada.
- Os móveis e a ornamentação intensificam a melancolia do ambiente. A simbologia da cruz de tábua negra com o letreiro INRI sugere sacrifícios de cunho religioso.
- As cores, além de mais escuras, são acrescidas do peso dos materiais de que são feitos os objectos: castiçal de chumbo.
- A iluminação nocturna, composta de tochas e velas, não dispensa a declaração de que o acto começa na total ausência de luz solar: “é alta noite”.

Os três actos desenvolvem-se em ambientes diferentes que acompanham o clima de tensão, e colaboram de forma graciosa para a sua intensificação. O declínio de luzes e cores dá o exacto tom sombrio e triste, que vai de econtro ao destino das personagens.
A descrição dos cenários é feita de forma objectiva, assemelhando-se a uma lista de ingredientes.

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