quinta-feira, 23 de abril de 2009

Contexto Histórico e Resumo

“Em 1578, o rei D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir. Não tendo deixado herdeiros, houve uma longa disputa pela sucessão.
Entre os pretendentes estava Filipe, rei da Espanha, que anexou Portugal ao seu império em 1580. O domínio espanhol duraria sessenta anos (1580 a 1640).
Criou-se nesse período o mito popular do "Sebastianismo", segundo o qual D. Sebastião, retornaria para reerguer o império português.
Entre os nobres desaparecidos em Alcácer-Quibir estava D. João de Portugal, marido de D.Madalena de Vilhena.

Tendo esperado durante sete anos o retorno do marido, D.Madalena acabou por contrair segundas núpcias com Manuel de Sousa Coutinho. Entretanto, vivia angustiada com a possibilidade de que o primeiro marido estivesse ainda vivo.
Suas angústias eram alimentadas por Telmo, o fiel escudeiro de D. João.
Essa situação perdurou por vinte anos, no fim dos quais, D. João, que realmente estava vivo, retornou a Portugal.
Revelada a sua identidade, no ponto culminante da peça, o desespero domina todas as personagens.
No desenlace trágico, Manuel Coutinho e Madalena resolvem tomar o hábito religioso, como forma de expiação; durante a cerimônia, Maria, filha do casal, tomada pela vergonha e pelo desespero, morre aos pés de seus pais.
A atitude de Manuel de Sousa Coutinho em relação ao domínio espanhol assim como o retorno de D. João de Portugal (associado, evidentemente, ao sebastianismo) inserem-se na temática nacionalista, tão cara aos românticos da primeira geração."

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